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Os lugares de Miguel de Cervantes

Madri é uma cidade encantadora, onde se "respira" Cervantes por todos os lados. Promove intensamente consumo, experiências e turismo literário a partir da biografia e da obra de Cervantes. O autor, mesmo viajando e realizando feitos pelo mundo, nasceu e morreu nesta cidade. Melhor dizendo, nasceu em Alcalá de Henares, no ano de 1547. Filho de Rodrigo de Cervantes e Leonor de Cortinas, participou junto com seu irmão da batalha de Lepanto, em 1571, de onde saiu gravemente ferido.


Formou-se na Escuela de Humanidades de Juan López de Hoyos, foi soldado, prisioneiro de piratas por cinco anos, secretario, contador e recolhedor de impostos a serviço da coroa. Teve uma vida "azarada", cheia de vicissitudes e sabores, deleites e aventuras. Tornou-se poeta, dramaturgo e novelista - sua primeira grande novela foi La Galatea (1585) -, sendo sua principal obra Dom Quixote de la Mancha. Segundo La Gazeta Cerventina - jornal distribuído no Museu Casa Natal Cervantes -, em 14 de agosto de 1604, a primeira edição de Dom Quixote de la Mancha foi boicotada com o envio de uma carta contra Cervantes e sua obra no momento em que sua impressão era preparada. Em 1605, Cervantes consegue publicar a primeira parte da obra e em 1615 a segunda parte. Falece em 22 de abril de 1616, enterrado no Convento de Las Trinitarias.



Museu Casa Natal Cervantes


O museu foi aberto ao público em 1956 depois de algumas reformas e transformações. Sua entrada é gratuita, é aberto de terça a domingo com alguns dias excepcionais de fechamento. Promove visitas em grupo e diversas atividades culturais alinhadas à vida e obra de Cervantes, além de exposições de arte.




Monumento a Cervantes

Na Plaza del España há o Monumento a Cervantes, construído no ano de 1929, em comemoração à obra do autor e produzida pelo arquiteto Rafael Zapatero.




Exposição


Durante minha passagem por Madri pude visitar a exposição Miguel de Cervantes: de la vida al mito (1616 - 2016) exposta na Biblioteca Nacional da Espanha. A exposição mostrou o homem, o personagem e o mito por detrás de Cervantes. A primeira parte da exposição mostrou um Cervantes "viajante" que percorreu o Mediterrâneo, sempre muito ligado à corte da Monarquia Hispânica. Miguel de Cervantes era "um escritor de seu tempo situado no tempo da escritura". A segunda parte dedicou-se a apresentar os diversos modos que Cervantes foi retratado pelas artes gráficas e pela arte ao longo dos anos. Cervantes construiu seu próprio personagem, consolidando o imaginário de um mito. É sobre o mito de Cervantes que se concentra a terceira parte da exposição. Indagou-se sobre o modelo de escritor encontrado em Cervantes. O homem, o personagem e o mito apresentou três perspectivas de observar o autor, que ainda segue sendo um mistério.

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