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Vlog?



Para Pablo Peixoto, autor do livro Vlog e Videocast: guia básico e dono do canal Qua4tro Coisas, antes que alguém adentre o universo dos vídeos na internet, é preciso que se faça 9 perguntas:


1. Por onde começar?

É claro que o imprescindível é uma câmera, luz e som. Mas cuide para que, pelo menos, a qualidade do som seja boa. O público até releva um vídeo com imagem ruim; mas vídeo com áudio ruim está (praticamente) condenado ao fracasso.


2. O que quero fazer?

Parece óbvio, mas é preciso ter bem claro o que você quer. Quer entreter? Informar? Divertir? Por que, afinal, está gravando vídeos? Se for pra ficar famoso da noite para o dia, ninguém poderá te ajudar. Isso é tipo ganhar na loteria e torrar o dinheiro muito rápido.


3. O que eu faço melhor?

Você precisa encontrar seu nicho e saber em que assunto você manda bem. Mas tem que mandar bem mesmo. Até quem é muito foda da internet precisa conviver com haters e trolls. Se você, por exemplo, falar bobagens sobre um produto pop que não conhece muito bem será trucidado por um monte de fã. Eles vão querer o seu rim flambado na manteiga. Prime pela qualidade do vídeo também. Coloque no ar o seu melhor.


4. O que me motiva?

Por que você investirá tempo, dinheiro e massa cerebral para fazer vídeos? Depois de descobrir o que o motiva, trace metas e vá atrás.


5. Que histórias eu quero contar?

Com o vídeo você será um comunicador (se ainda não é formado em comunicação social). Logo, todo comunicador é de certa forma um contador de histórias. Qual tipo de história você quer contar?


6. O que me inspira?

Todo mundo se inspira em alguém (ou praticamente todo mundo). Segundo o autor, “Michael Jackson inspirava-se em James Brown, John Lennon em Elvis Presley, Santos Dumont era fã de Júlio Verne, e todos eles, de certa maneira, ‘copiaram’ seus ídolos no início”. Ressalta-se: no início. Você pode utilizar as pessoas que te inspiram para começar a produzir conteúdo. Se tudo der certo, um dia você vira inspiração. Só não vire a cópia de alguém melhor que você. É ridículo.


7. Existe pessoas interessadas no que eu quero fazer?

Falando de outro jeito: há demanda para o seu produto? Há público? É preciso saber se há audiência para o seu trabalho.


8. Como vou sustentar meu projeto?

Este é um tópico complicado. Sim, o YouTube fez alguns milionários, mas aqui também se aplica a teoria da loteria. Todo mundo quer ser como a Kéfera, mas só a Kéfera é a Kéfera. Para que o seu canal possa render um montante com o qual você consiga viver dele, você precisa de muitas (muitas) visualizações e inscrições. Outra saída é a utilizada pelo canal do Pablo: merchandising. Com um bom mídia kit e mais de 20 mil inscritos, seu canal poderá despertar interesse de anunciantes.


9. Estou disposto a ir até o fim?

Nem sempre um projeto dá o resultado que esperamos. Ou não dá o resultado esperado. Eu comecei a postar vídeos sobre livros em 2012, época que pouca gente fazia isso. Parei porque sabia que a qualidade dos meus vídeos era ruim (que nem eu os assistiria). Então decidi voltar só quando dispuser de equipamento e infraestrutura digna da audiência do YouTube. Se você já tem o equipamento, pense se de fato está comprometido com o projeto, mesmo que as coisas não saiam como você idealiza. Por outro lado, se seu público aumentar e o seu canal bombar, você dará conta do recado?



Referência:

PEIXOTO, Pablo. Vlog e Videocast: guia básico. Rio de Janeiro: Marsupial, 2014.

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